2011-04-09

Casa do Calvário (Séc. XIX) - Aldeia Nova do Cabo, Fundão.


Casa do Calvário - Aldeia Nova do Cabo, Fundão.


Sucessão genealógica na posse da casa:

1.     JOÃO TELES TRIGUEIROS (1822-1886), juiz desembargador e senhor da Casa do Calvário por presumí-
        vel herança do avô paterno de sua mulher que foi Manuel António Geraldes Leitão Coutinho de Melo
        (n. 1766).
João Teles Trigueiros
(1822-1886)
Nasceu a 20-III-1822 na freguesia de Escalos de Baixo, concelho de Castelo Branco, onde foi baptizado a 7-III-1823 na Igreja de São Silvestre, apadrinhado por Simão Trigueiros do Rego Martel (n. 1807) e por D. Doroteia Trigueiros Martel (n. 1803). Faleceu a 19-IX-1886 na sua casa do Largo do Calvário, em Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão.
Proprietário em Escalos de Baixo, onde tinha a sua residência principal, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra a 14-VI-1848 e seguiu a carreira da magistratura[1].
Foi delegado do Procurador Régio e juiz em Loulé (1852), Ourique (1853), Sabugal (1854), Portalegre (1860), Celorico da Beira (1862), Sertã (1865), Fundão (1870), Coimbra (1875)[2], Viseu (1880), e por fim juiz desembargador da Relação de Lisboa.     
       Era filho de NICOLAU TELES NUNES GUEDELHA (1788-1862), nascido a 7-X-1788 na freguesia de Escalos de Baixo, concelho de Castelo Branco, onde faleceu a 18-IX-1862, proprietário e capitão do Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova, atingindo o posto de tenente-coronel da Companhia de Granadeiros, vereador da Câmara de Castelo Branco (1825, 1836, 1848-49, e 1852-53), casado a 14-II-1820 com D. MARIANA BÁRBARA TRIGUEIROS MARTEL (1794-1880), nascida a 5-II-1794 em Idanha-a-Nova, onde foi baptizada a 17-3-1794, apadrinhado por Joaquim Trigueiros da Silva Leite, tendo falecido a 16-XI-1880 na freguesia de Escalos de Baixo, concelho de Idanha-a-Nova.               

          Era neto paterno de DOMINGOS NUNES GUEDELHA (1743-1794), homónimo de seu pai, nascido em
          1743 em Escalos de Baixo onde faleceu a 7-X-1794 (filho do capitão Domingos Nunes Barroso, casado
          em Escalos de Baixo com D. Cecília Marques), e de sua mulher em segundas núpcias (?) D. ANA DE
          SÃO JOSÉ TELES BARROSO, natural de Penamacor (filha do capitão Nicolau Teles e de D. Maria
          Esteves Barroso
).
          Neto materno de D. MARIA ANTÓNIA TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (n. 1770), nascida em 1770,
          filha de Jerónimo Trigueiros Martel Rebelo Leite (1716-1792), capitão do Terço de Infantaria Auxiliar de
          Castelo Branco (filho de Simão Rebelo Martel (1660?-1722), «escrivão do judicial de Juiz de Fora do
          Porto» por carta de 19-I-1689[3], cidade da qual também foi sargento-mor das Ordenanças e, posterior-
          mente, sargento-mor de Cavalaria de Penamacor, o qual foi casado com D. Isabel Trigueiros da Costa
          (1688-1768)nascida e falecida em Idanha-a-Nova), e de sua segunda mulher que foi D. Maria Angélica
          Marques Goulão (1725-1790), de Idanha-a-Nova (filha de Domingos Ambrósio (n. 1707)sargento-mor
         das Ordenanças de Idanha-a-Nova, e de sua mulher D. Maria Marques Goulão (n. 1697), natural de Esca-
          los de Cima); casada com JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758)capitão-mor
           das Ordenanças de Castelo Branco, que obteve brasão de armas por Carta de 20-III-1821 com um
          escudo partido em pala de PEREIRA e REGO[4]e foi membro do Conselho de Distrito de Castelo
          Branco, no qual tinha avultado património fundiário e diversas casas, nomeadamente em Idanha-a-
         -Nova, Sarnadas, e Alcains, localidade esta onde residia no Solar dos Goulões (actual Museu do Cantei-
          ro)[5]um dos mais antigos e belos exemplos da arquitectura solarenga de Alcains. 

Carolina Cândida Geraldes
 de Melo (1837-1915)
Cemitério de E. de Baixo,
Carolina Cândida (f. 1915).
Casou a 26-VIII-1850 em Escalos de Baixo com D. CAROLINA CÂNDIDA GERALDES DE MELO (1837-1915), nascida a 18-I-1836 em Almeida, falecida a 18-II-1915 na sua casa da Rua do Eiró em Escalos de Baixo, e sepultada no jazigo de seu genro o capitão António Augusto de Azevedo, proprietária nas freguesias de Aldeia de Joanes, Aldeia Nova do Cabo onde tinha uma casa alpendrada e de esquina junto à Capela do Calvário, e em Escalos de Baixo[6].
Sua mulher era filha natural perfilhada de José António Geraldes de Melo Coutinho (f. 1841)[7], natural de Aldeia Nova do Cabo, concelho do  Fundão, falecido solteiro a 12-VII-1841 em Castelo Branco, em cujo cemitério jaz, e de D. Maria da Encarnação dos Anjos, natural do Porto; neta paterna de Manuel António Geraldes Leitão Coutinho de Melo
         (n. 1766),
         nascido a 28-IV-1766 em Aldeia Nova do Cabo[8], proprietário nessa freguesia e em Idanha-a-Nova, des-
Escalos de Baixo, Casa Nunes Guedelha.
De Carolina C. Geraldes de Melo (f. 915)
         cendente dos morgados dos Geraldes que estiveram na origem dos
         marqueses da Graciosa em Idanha-a-Nova, e de sua mulher D.
         Angélica Locádia de Oliveira Fonseca Coutinho Botelho, natural de
         Penamacor[9]; neta materna de José Joaquim Gonçalves, natural de
        Santo Tirso, e de D. Maria José, natural do Porto.
         Tiveram: 
         2.      D. MARIA LIBÉRIA TRIGUEIROS (1856-1907) que nasceu em
                 1856 no Sabugal, tendo falecido a 13-IX-1907 na freguesia do
                 Souto da Casa, no concelho do Fundão. Casou com JOAQUIM
                  AUGUSTO DE OLIVEIRA LEITÃO (1854-1909), tenente-coronel
                 da Arma de Cavalaria, nascido a 10-II-1854 em Castelo Branco,
                 e falecido a 8-VIII-1909 na sua Casa do Adro no Souto da Casa.
                 Tiveram descendência que seguiu os apelidos Trigueiros Leitão, Leitão de Castro, e Castro Serra
         2.      D. CONCEIÇÃO TELES TRIGUEIROS GERALDES DE MELO, natural de Escalos de Baixo. Casou
                 com ANTÓNIO AUGUSTO DE AZEVEDO, capitão do exército. Sem geração, ambos faleceram em
                 Escalos de Baixo onde foram sepultados no jazigo de família no cemitério desta freguesia.
Peroviseu, Casa Caldas e Quadros.
         2.      D. RICARDINA TELES TRIGUEIROS (f. 1934) que veio a falecer
                 a 11-II-1934 na freguesia de Peroviseu, no concelho do Fundão.
                 Foi casada com CÉSAR AUGUSTO CALDAS E QUADROS (1866-
                 -1937)nascido a 27-VIII-1866 na freguesia do Castelejo, no
                 concelho do Fundão[10], filho de José de Matos Caldas e
                 Quadros, natural do Castelejo, casado com sua prima D. Maria
                 do Patrocínio Caldas e Quadros, natural de Peroviseu; neto
                 paterno de José de Matos, do Castelejo, e de sua prima co-irmã
                 D. Ana Bárbara Caldas e Quadros (n. 1787)nascida a 4-V-1787
                 em Alcongosta; neto materno de José Paulo Caldas (f. 1859), de
                 Peroviseu, que foi casado com sua prima co-irmã D. Leonarda
Cemitério de Idanha-a-Nova,
José de Melo Geraldes
Cajado (f. 1904).
                 Josefina Caldas e Quadros (n. 1791), nascida a 23-XII-1791 em Alcongosta.
                 César Augusto licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra
                 a 24-VII-1893 e foi conservador do Registo Civil do Fundão (1911-1936),
                 assim como proprietário na freguesia de Pêro Viseu onde veio a falecer
                 a 2-I-1937, sem filhos, na sua casa situada perto da igreja matriz, a qual
                foi posteriormente adquirida para aí ser instalada a Casa Paroquial.
         2.     D. MARIA DO CARMO TELES TRIGUEIROS MARTEL (f. 1936) nascida em
                Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão, tendo falecido em 1936 em
                Idanha-a-Nova. Foi casada com o seu primo JOSÉ DE MELO GERALDES
                CAJADO (f. 1904), proprietário em Idanha-a-Nova onde faleceu a 9-I-1904
                e foi sepultado no cemitério público em jazigo armoriado de GERALDES
                e MELO[11]; filho de Joaquim Cajado Geraldes de Melo (c. 1843), natural
                de Idanha-a-Nova, onde casou a 28-IX-1843 com D. Antónia Ludovina
                Leitãonatural de Pedrógão Pequeno (filha de António José Leitão casado
                com D. Maria Lopes Xisto, de Idanha-a-Nova).     

Maria do Carmo Teles
Trigueiros Martel (f. 1936)
Joaquim Cajado Geraldes de Melo
(c. 1843)
José de Melo Geraldes Cajado
(f. 1904)

              Tiveram:
              3.      D. MARIA ISABEL DE MELO GERALDES (n. 1874), nasceu a 29-VII-1874 em Idanha-a-Nova, onde
                      casou a 26-XI-1896 nas segundas núpcias de seu tio JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS DE
                      MELO
(n. 1855), que segue mais abaixo.

              3.      D. MARIA ANGÉLICA DE MELO GERALDES (n. 1874), casada com FIRMINO ALVES PEREIRA.
                      Residiram em Penamacor.    
              3.       FRANCISCO DE MELO TRIGUEIROS (1875-1945), nasceu a 21-XI-1875 em Idanha-a-Nova onde
                      veio a falecer a 8-X-1945. Casou a 29-XI-1941 com D. MARIA JOSÉ DE AZEVEDO, natural de
                      Pedrógão.      
              3.      JOÃO DE MELO GERALDES TELES TRIGUEIROS (n. 1877), nasceu em 1877 em Idanha-a-Nova.
                      Casou em 1905 com D. MARIA CAROLINA SANCHES GOULÃO (n. 1885), nascida na freguesia da
                      Mata, Alcains, filha de António Sanches Goulão, natural de Alcains, e de sua mulher Antónia de
                      Carvalho Nevesnatural da Mata.  Tiveram quatro filhos, com numerosa geração que seguiu os
                      apelidos Trigueiros e Goulão de Melo
Ao centro: a mãe Maria do Carmo.
Da esquerda p/ a direita: as filhas
M.ª Isabel, M.ª Angélica, Margarida,
e um dos filhos.
               3.      JOAQUIM DE MELO GERLADES (n. 1877), nasceu a 20-V-1877
                      em Idanha-a-Nova. Casou a 20-IV-1929 na 7.ª Conservatória de
                      Lisboa com D. LUÍSA DOMINGUES TEIXEIRA, natural da fre-
                      guesia de Santa Isabel, em Lisboa.
             3.       JOSÉ DE MELO GERALDES TELES TRIGUEIROS (n.1879),
                      nasceu a 26-I-1877 em Idanha-a-Nova. Casou na freguesia
                      do Rosmaninhal, concelho de Idanha-a-Nova, com D. ISABEL
                      LOBATO CARRIÇO (f. 1933). Deste casamento nasceu em
                      1918 na freguesia de Monforte, no concelho de Castelo
                      Branco, um filho cujo nome desconhecemos.
        2.       D. MARGARIDA DE MELO GERALDES TRIGUEIROS (f. 1918),
                 falecida a 6-XI-1918 em Castelo Branco. Casou com JAIME DE
                 MATOS CALDAS E QUADROS.
                 Tiveram:
                 3.     LUÍS QUADROS.
       2.        JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS (n. 1854), único filho varão, herdeiro da Casa do Calvário, que
                 segue abaixo.

Maria Carolina Sanches
Goulão (n. 1885)
João de Melo Geraldes
Teles Trigueiros (n. 1877)
2.      JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS (n.1854),
        único filho varão que foi o herdeiro da Casa do
        Calvário em Aldeia Nova do Cabo, e da casa de
        Idanha-a-Nova. Nasceu a 31-VI-1854 em Aldeia
        Nova do Cabo onde recebeu o baptismo, tendo
        por padrinhos João António de Melo e D. Rita
        Leocádia Geraldes de Melo. Formado em Direito,
        foi delegado do Procurador Régio e juiz em
        várias comarcas, entre as quais a da Ilha de São
        Jorge nos Açores (1882), a de Almeida, e a de
        Almada (1888).
        Casou duas vezes.
        As suas primeiras núpcias foram com sua
        prima D. MARGARIDA DE MELO GERALDES,
        cuja progenitura desconhecemos, e a qual veio
        a falecer prematuramente sem geração. 
Idanha-a-Nova, casa de José Maria.
(edificada em 1894) 
        Passou a segundas núpcias com a sua sobrinha D. MARIA ISABEL
        DE MELO GERALDES, filha de sua irmã D. Maria do Carmo Teles
       Trigueiros, e de seu marido e também primo José de Melo Geraldes
       Cajado (f. 1904).
       Filha do 2.º casamento:
       3.      D. MARIA ISABEL GERALDES DE MELO TRIGUEIROS (1901-1975),
               que segue.

3.       D. MARIA ISABEL GERALDES DE MELO TRIGUEIROS (1901-1975),
         que foi
filha herdeira da Casa do Calvário em Aldeia Nova do Cabo.
         Casou com ISIDORO JOAQUIM FERREIRA PINTO (f. 1968), proprietá-
         rio agrícola em Idanha-a-Nova onde possuía a Herdade da Cachouça.
         Tiveram:
         4.     JOAQUIM ISIDORO PINTO. Casado. 
         4.     D. MARIA DORES MELO TRIGUEIROS FERREIRA PINTO, que segue. 

4.        D. MARIA DORES MELO TRIGUEIROS FERREIRA PINTO, herdeira da Casa do Calvário em Aldeia Nova
         do Cabo, entre várias outras na Idanha-a-Nova. Casou LUÍS FILIPE PINTO DA SILVAproprietário e enge-
         nheiro Civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa.
         Tiveram:
         5.      D. MARIA DE FÁTIMA TRIGUEIROS PINTO DA SILVA, casada com CARLOS MATOS DOS SANTOS,
                  economista. Divorciados.
                  Tiveram:
                  6.      MÁRIO FILIPE TRIGUEIROS MATOS DOS SANTOS.
         5.       LUÍS TRIGUEIROS PINTO DA SILVA (n. 1954), nasceu a 7-III-1954 na freguesia de São João de
                  Deus em Lisboa. Licenciado em Arquitectura pela F.A.U.L. Arquitecto e editor livreiro. 
         5.       D. LUÍSA MARIA TRIGUEIROS PINTO DA SILVA (n. 1960), nasceu a 16-XI-1960.
                  Licenciada em Arquitectura Paisagística pela Universidade de Évora. Casou a 19-XII-1990 com
                  ANTÓNIO MIGUEL FERREIRA LEITE PEREIRA DE MELO, empresário, nascido a 13-X-1960 em
                  Alcanhões, Santarém, filho de Manuel Leite Pereira de Melo, e de sua mulher D. Maria Teresa
                  d’Oriol Pena Ferreira. Divorciados.
                  Tiveram:
                  6.       D. MARIA TERESA TRIGUEIROS LEITE PEREIRA DE MELO (n. 1990), nascida 24-XII-1990.


_______________

 Notas:

[1]   João Teles Trigueiros (1822-1886), fez a primeira matrícula na Universidade de Coimbra a 20-X-1841, obteve o bacharelato a 23-VI-1845, tendo concluído a licenciatura a 14-VI-1848. 

[2]   Nesta cidade proferiu uma sentença que publicou com o título «Justificação da posse imemorial até 1833 do Paúl de Arzila no concelho de Coimbra; pelo Ex.mo Conde do Sabugal e Óbidos, e embargos contra ella deduzidos no Juízo de Direito da mesma Comarca / Coimbra 10 de Fevereiro de 1876» (Coimbra, Imprensa Literária, 1876).

[3]   IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D.Pedro II, Liv. 5, fl. 18v.

[4]   IAN/TT, Cartório da Nobreza, Livro I, fl. 63 v. 
      As armas dos PEREIRAS são: Em campo vermelho, com uma cruz florenciada e vazia. Timbre: uma cruz de vermelho, florenciada e vazia, ladeada de asas de ouro estendidas. As armas dos REGOS, são: em campo verde, com uma banda ondada e aguada de sua cor, carregada de três vieiras de ouro. Timbre: uma vieira do escudo, entre duas plumas de verde, picadas de ouro. 

[5]   O Solar dos Goulões, actualmente classificado como imóvel de interesse público e uma das habitações dos primeiros Condes de Castelo Branco, tem anexa uma capela fundada na primeira metade do século XVIII, que já foi conhecida por diversos nomes: Capela de Nossa Senhora da Piedade, do Senhor das Chagas (devido a uma imagem religiosa que sangrou milagrosamente por diversas vezes em 1722), e actualmente como Capela de São Brás. Deve-se a sua construção à iniciativa expressa em testamento por D. Manuel Sanches Goulão (1677-1719), 6.º bispo de Meliapor em 1717, que faleceu num naufrágio junto ás ilhas de Angoxa, deixando várias fazendas vinculadas para sustento da citada capela e de um Hospital anexo que ainda funcionou por alguns anos. Nesta capela foram baptizadas, casaram, e estão sepultadas, sucessivas gerações de Goulões nascidas a partir de 1733. Encimando a porta principal podemos ainda ver esculpida uma mitra alusiva ao bispo que a fundou.               

[6]   Cartório Notarial do Fundão, Escritura de Partilhas dos Herdeiros de Carolina Cândida Geraldes de Melo (f. 1915), Livro de Notas n.º 116, Fls. 8 .

[7]   José António Geraldes de Melo Coutinho (f. 1841), era irmão de Francisco António de Paula Geraldes de Melo Coutinho (c. 1805), nascido em Aldeia Nova do Cabo, casado com sua tia Maria Margarida Geraldes de Melo Cajado (n. 1775), nascida a 27-XI-1775 em Idanha-a-Nova.

[8]   Manuel António Geraldes Leitão Coutinho de Melo (n. 1766), era filho de Rodrigo Xavier Soares Correia de Melo, c.c. D. Joana Felícia de Oliveira Monteiro; neto paterno de Manuel Soares Correia, juiz de Fora de Penamacor, capitão-mor do Fundão, natural de Aldeia do Mato, Covilhã, casado em terceiras núpcias a 1-IX-1734 em Idanha-a-Nova com sua mulher D. Isabel Joaquina de Melo Geraldes Leitão (n. 1709), nascida a 2-XII-1709 em Idanha-a-Nova (filha de Manuel Geraldes Leitão, sargento-mor de Idanha-a-Nova, onde casou a 25-IX-1702 com sua parente D. Maria Marques da Cruz e Melo, nascida em 1680); neto materno do tenente João Martins Mouzinho, de Estremoz, e de sua mulher D. Bárbara da Cruz Oliveira e Cunha, de Aldeia Nova do Cabo, Fundão. – Cfr. Luís Bivar Guerra, A Casa da Graciosa, Braga, pp. 208-209.
Estes COUTINHO DE MELO tinham, no início do século XVII, o seu solar de origem na Quinta de Darei – entre Mangualde e Penalva do Castelo – e eram fidalgos da Casa Real, como se pode ver na carta de brasão de armas passada em 23-IX-1786 a Francisco Camilo Geraldes de Melo Cajado (n. 1777), neto de Manuel Soares Correia, esquartelado com as armas de GERALDES, LEITÃO, MELO e COUTINHO.
Os GERALDES, existentes em Portugal desde a Idade Média, eram uma família de juristas e de militares com ramificações em Idanha-a-Nova, no Fundão, e noutras localidades das Beiras, onde já existiam no século XIV. Ligaram-se à ilustre família dos MELO, no século XVIII, e deram origem aos GERALDES DE MELO, de onde procede o 1.º Marquês da Graciosa (1840). Outros, como os irmãos Lucas e Nicolau Geraldes, vieram de Florença, terra da sua naturalidade, e aqui tiveram grandes negócios e fundaram casas nobres no Largo do Correio, em Lisboa, tendo servido o Rei D. Manuel I com o seu dinheiro. Usaram o seguinte brasão de armas: de prata, com um leão de negro, coroado de ouro. São estas as armas ostentadas nos cunhais do solar dos Marqueses da Graciosa, em Idanha-a-Nova.

[9]   D. Angélica Locádia de Oliveira Fonseca Coutinho Botelho, era filha de João de Oliveira Fonseca, alferes de Granadeiros, e de sua mulher D. Cecília Liberata Botelho Coutinho, nascida na freguesia da Misarela, no concelho da Guarda. 

[10]   ADCB, Paroquiais, Fundão/Castelejo, L. de 1866, n.º 31.

[11]   Este jazigo de granito claro, aparentando ser da segunda metade do século XIX, ostenta uma placa com o nome «JOSÉ DE MELO GERALDES», encimada pelo seguinte brasão de armas: Escudo partido em pala, de MELO e GERALDES; por Diferença uma brica com um crescente; Timbre de Geraldes.